Olá! Meu nome é Daniela Rabay… e vou contar um pouco da minha história pra vocês!
Fui desafiada pela minha amiga, Carla Falcão, a escrever um pouco sobre mim, sobre a minha história e minha espera… espera pelo meu filho ou filha, pelo dia em que irei me tornar mãe.
Mas acho que sempre me senti meio mãezona! Desde pequena tenho o senso de maternidade aflorado em mim. Gosto de ajudar as pessoas, de ouvir e sempre me senti abençoada pelo fato das pessoas virem até mim para desabafar. Um lado meio mãe mesmo…
Sempre amei bebês, crianças, família, gente reunida, seja brigando ou comemorando…rs…
Sempre sonhei em formar a minha família, marido e filhos… sim, pelo menos 02 filhos!
Mas nem sempre tudo acontece como a gente sonha ou idealiza! E eu demorei a encontrar uma pessoa para formar essa tão sonhada família.
Foi aos 35 anos que eu o conheci: meu amor e marido, José Luiz! Ele mais velho do que eu, já havia se casado e com 02 filhos. Quando nos conhecemos, o Luiz Henrique tinha 16 e o João Victor, 14.
Assim que nos conhecemos, falei que tinha 02 grandes sonhos na minha vida: casar e ter filhos!
Certamente, muitos homens já teriam caído fora com essa revelação… Afinal, conversamos sobre isso no 2º dia de namoro. Mas o Zé foi diferente, como deveria ser… como estava escrito que seria a nossa história.
Ele ficou um tanto quanto incomodado, pois disse que poderia realizar apenas 01 dos sonhos: casar. Quanto a ter filhos, seria bem difícil, pois havia feito uma vasectomia há mais de 15 anos. Confesso que isso me balançou! Mas a 1ª coisa que veio à minha mente foi: ele estaria disposto a rever isso? A tentar de todas as formas me tornar uma mãe?
Bem, dali seguimos namorando e só a vontade que ele mostrou em ter para reverter a situação, fez-me ter a certeza de que deveria seguir em frente.
Em pouco tempo nos casamos! Afinal, com 37 anos e com a certeza do que eu e ele queríamos, não era preciso enrolar…rs…
Casamo-nos em maio de 2012! Fizemos uma festa para poucos amigos e familiares. Apenas para realizar meu sonho de me vestir de noiva, com direito a véu e grinalda. Foi tudo muito lindo e emocionante! Os filhos do Zé estavam presentes e se fizeram presentes em nosso casamento… sempre nos abençoado, afinal os filhos viam como o pai estava feliz ao meu lado.
Logo após o casamento, já havíamos combinado que iríamos correr atrás do meu sonho. E assim fizemos… corremos pro médico e resumindo: após muitas consultas, pesquisas, os médicos eram unânimes em nos indicar o processo de FIV (Fertilização In Vitro) – tanto pela minha idade (37 anos), quanto pelo tempo de vasectomia dele (mais de 15 anos e as chances de sucesso eram bem pequenas).
Começamos nossa saga do tratamento… além de ser bastante desgastante física a psicologicamente, havia a questão financeira. Cada tentativa era muito cara! Mas estávamos dispostos a realizar meu sonho, custe o que custasse…
Contamos apenas para nossas famílias e alguns amigos mais próximos. Logo na 1ª tentativa eu engravidei!!! Foi uma alegria imensa e eu mal podia acreditar. As chances de engravidar na minha idade, seguiam as mesmas estatísticas de um processo natural, entre 30 e 40%.
Contamos para nossas famílias e alguns amigos… mas logo no 1º ultrassom, veio a decepção e a dor maior. O bebê não tinha batimentos cardíacos… Dor, tristeza e revolta! Eu não entendi por que aquilo estava acontecendo comigo. Logo eu, que tanto sonhei em ser mãe, em gerar uma vida… Por que minha gravidez havia sido interrompida? Muitas perguntas ainda sem respostas.
Mas após um tempo e nova consulta com o médico, decidimos tentar mais uma vez… e outra… e outra… e outra…
Até que no final de 2013, fizemos uma última tentativa… que também não deu certo!
Fiquei um bom tempo dentro do casulo! Não entendia, não aceitava, não queria entender porque aquilo estava acontecendo comigo. Sou cristã e perguntava a Deus: por que eu não poderia ser mãe??? Quanto mais eu me questionava, mais eu sofria… calada. Não queria que as pessoas que me amam e me cercam, ficassem preocupadas com o fato do meu sofrimento… afinal, era somente MEU e muitos poderiam até não entender.
Assim, foram meses, um após o outro pensando como seria, o que eu iria fazer e como iria fazer. Não tínhamos mais dinheiro, nem psicológico para enfrentar mais uma FIV.
Conversei com diversas pessoas, amigas, mães… e após alguns meses, tive um encontro que mudaria essa história. Incentiva pela minha querida manicure e amiga na época, Kátia, procurei a esposa do pastor da minha igreja. Nunca tinha trocado uma palavra sequer com ela, mas quando a Kátia me falou pra conversar com a esposa do pastor, a 1ª pessoa que veio a minha mente, foi ela: a Sônia! Munida por diversos questionamentos, fiz contato com ela por e-mail e marcamos um encontro. No dia e hora marcados, sentamos e ficamos cerca de 02 horas conversando. Contei toda minha história e deixei transparecer a minha indignação quanto ao fato de não ter conseguido ser mãe e então eu disse: vamos tentar mais uma FIV. Daí, então, ela me falou: “Bem, você já tem tudo planejado… mas eu se fosse você, adotaria uma criança! Você tem tanto amor pra dar e existem tantas crianças ávidas por amor…” Foi como se eu tivesse tomando um soco no estômago, pois doeu… mas ao mesmo tempo foi um sopro aos meus ouvidos. Deus estava falando comigo, através da Sônia. Fiquei alguns segundos sem reação e depois comecei a chorar… Por que não? Por que nunca tinha sido tocada dessa maneira? Aos poucos fui entendendo que tudo, mas absolutamente tudo, tem o seu tempo de acontecer. Saí dessa conversa decidida e ao mesmo tempo leve… pois finalmente, meu coração havia entendido que para ser mãe, não precisa-se exatamente gerar uma vida. Afinal, eu queria parir ou ser mãe? Definitivamente, eu queria e estava disposta a lutar para ser mãe.
Conversei bastante com o Zé e ele então me confessou que sempre sonhou em adotar uma menina, uma vê que já tinha 02 meninos. A partir desse dia, começamos a nossa saga rumo a adoção. Contamos às famílias e aos amigos, essa nossa decisão. Encontramos apoio e alegria em todas as pessoas a quem contávamos. Isso foi muito importante!
Então, fomos ao fórum da nossa cidade e soubemos dos trâmites para entrar no cadastro nacional de adoção. Participamos de uma palestra que era o pontapé inicial para nos cadastrarmos. Ali, tivemos muitas dúvidas sanadas e ao mesmo tempo, vimos quanto era difícil todo esse processo.
Corremos com toda a documentação que nos pediram (uma lista infinita) e finalmente, em 21/05/14, entregamos tudo na Vara da Infância e Juventude. Após a entrega, tínhamos que esperar pela entrevista com a assistente social e a psicóloga da Vara. Finalmente, algumas semanas depois, fizeram contato e agendaram a entrevista com a psicóloga. Fomos até lá e conversamos por cerca de 02 horas, expondo nossa história e a nossa intenção firme em adotarmos uma menina. Tivemos que “desenhar” o perfil da nossa filha… e essa parte é bem difícil. A sensação que temos é que estamos em frente a uma prateleira de um supermercado e podemos escolher a cor dos olhos, tipo de cabelo, raça, doenças… enfim, algo bem estranho de se fazer.
Após algumas semanas, a assistente social foi até nossa casa. Repetimos a mesma história, ela conheceu nosso lar e fez diversas perguntas. Como eu já tinha um quartinho montado com móveis (oportunidade que tive em comprar um conjunto completo a um preço bem acessível, acabei por comprar), ela entrou, olhou e eu acabei falando por que tinha o quarto montado com os móveis. Ela então me disse: “Eu não aconselharia, pois pode criar uma expectativa muito grande”. Confesso que fiquei refletindo sobre esse comentário dela… e pensei comigo: “Tem como não se criar alguma expectativa num processo de adoção?”. Aos poucos tive a certeza de que era impossível!
Então, iniciamos formalmente a nossa espera, desde outubro de 2014.
Começamos a frenquentar grupos de apoio à adoção, comecei a conhecer mulheres que adotaram e se tornaram verdadeiras amigas.
A cada conversa, cada descoberta, vou me fortalecendo e enxergando cada vez mais a beleza da adoção. Logo no início, queria saber mais sobre o assunto e pesquisei alguns livros na internet. Confesso que achei poucos livros interessantes e que poderiam me abastecer com mais informações sobre a expectativa, a espera, o processo. Enfim, achei um título muito bacana e ao ler, tive a certeza de que estava no caminho certo! O livro chama-se “A aventura da Adoção” de Paula Abreu. Paula, você não imagina como me ajudou!
Nesse tempo em que estamos esperando, eu e meu marido já alteramos por 02 vezes o perfil do nosso filho. Aumentamos a faixa etária para até 04 anos e abrimos a questão do sexo, aceitando também menino. Entendemos que o nosso presente de Deus vai vir como ele acahar que deve ser, seja em forma de menina ou menino.
Sonho com o seu rosto, seu cheirinho, seu choro… sim, não vejo a hora de ouvir aquele chorinho, assim como toda mãe quer ouvir o seu bebê assim que nascer. Sei que não vou ouvir o seu primeiro choro, mas os demais me farão delirar da mesma forma.
Que Deus te abençoe e te faça feliz sempre! Sua decisão e sua luta com certeza não serão em vão! Dani, mantenha seu coração sereno, seu desejo será atendido! Você é uma mulher incrível e vai conseguir o que quer! Deus irá ouvir suas preces! Estou rezando por vc e pelo Zé! Fé e força!!
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Lu, querida…. minha jornada não tem sido fácil, mas tem me dado muitas bênção já! Tenho orado muito para que Deus me use nesse propósito. É sempre muito bom ver e sentir todo esse carinho! Obrigada pela força e pela amizade… vc é muuuito especial pra mim! Beijo….
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Amiga do céu!! Eu não fazia ideia.. Nunca conversamos a respeito!! Admiro sua força, sei que Deus está em seu coração te ajudando nessa espera!! Que VC consiga realizar seu sonho! Eh uma pessoa linda por dentro e por fora, além de uma ótima escritora!!! Me emocionei com sua história!! Minha mãe adotou meu irmão caçula com 4 anos, hoje ele tem 14, tenho certeza que ela fez a diferença na vida dele. Não é fácil, mas nenhuma maternidade é, seja a biológica ou “do coração”. Deus na frente é felicidade na certa!! Está curtíssima, entrega nas mãos Dele e Ele fará o melhor! Beijos
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Lindona, adorei sua mensagem! Está sendo muito bom falar sobre o assunto… e mais ainda, conhecer histórias tão incríveis, assim como a do seu irmão caçula que também teve a sorte de ser acolhido por uma família linda! É o cuidado de Deus em nossas vidas!!! Obrigada por todo esse carinho e pela amizade, que apesar de recente, tem muito valor pra mim… Beijos!
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Pelo pouco tempo que a conheço, tenho certeza que sera uma mãe maravilhosa, pois mais forte que os laços sanguíneos, são os LAÇOS DE AMOR, e esse eu sei que você e seu esposo tem de sobra, e quando seu bebe chegar, menino ou menina, a gestação sera um pequenino detalhe que sera pouco lembrado em uma vida cheia de surpresas, alegrias e muito AMOR…
Beijos, fico na torcida…
Wangirly Lima.
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Querida, Wan… o que dizer de você!? Pessoa tão especial e de um coração enorme, que logo de cara eu já gostei…rs…. Com certeza os laços do AMOR são mais fortes do que tudo! E a cada dia, sinto o cuidar de Deus em minha vida, nessa missão. Obrigada pelo carinho e pela torcida… se Deus quiser, em breve terei meu filho nos braços! Beijo enorme….
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Querida Dani, muito linda sua história. Entendo perfeitamente toda sua angústia, alegria e expectativa da chegada do seu filho querido. A maternidade do coração é a experiência mais doce e ao mesmo tempo mais ansiosa que existe. É uma gestação sem tempo determinado, o que torna a expectativa ainda mais emocionante. Estou sempre orando pelo seu sonho, para que Deus lhe dê a serenidade necessária para aguardar o tempo Dele. Um grande beijo! Estou contigo!!!
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Dani, torço muito pela sua felicidade e do Zé. Às vezes a gente dá tantas voltas para enxergar uma coisa que está bem à nossa frente pra nos fazer feliz… tenho certeza que Deus irá enviar um anjinho para iluminar a vida de vocês. Você é uma mulher incrível. Te amo amiga. Bjs Cynthia
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Amigaaaaaa, quantas saudades de vc! E pensar que o Zé foi intimado por vc, lembra???!!!….kkkkkkk…. Obrigada pelo carinho de sempre! Você é muito especial e sinto saudades… Espero te ver em breve e quem sabe com meu pacotinho junto! Beijosssssssssss cheios de saudades…
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Minha querida Dani, fico feliz com a sua decisão em compartilhar sua história. Vai abençoar muitas vidas, com certeza! Todo esse processo de espera na adoção é como um verdadeiro período de gestação, que vai tornando largo, muito largo, o coração dos pais adotivos! Muito amor está sendo gerado dentro de vocês! O(a) filhinho(a) que Deus está reservando para vocês será muito amado!!!
É isso que importa. Além do mais, vocês estarão vivenciando o mesmo tipo de Amor que Deus tem por nós, quando nos adotou como filhos amados! Privilégio e Graça puros! Amo você. Beijos,
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Sônia minha querida… estou muito feliz em compartilhar minha história! História que você tem ajudado a escrever… Tenho me emocionado com cada recado ou depoimento que leio. Sinto o carinho das pessoas e me sinto acolhida de forma mágica. Obrigada pelo carinho, paciência e amor que tem me dedicado! Sinto o quanto Deus está preparando a mim e ao Zé nessa linda jornada. E sinto cada vez mais o cuidado Dele em nossas vidas! Muito bom poder contar com você sempre… Um beijo enorme, cheio de gratidão sempre!
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